Mesmo que não haja crime perfeito, alguns parecem beirar a perfeição. O crime praticado pelo estado ao minar nossas vidas, nos escravizando via impostos, é um bom exemplo disso.
Um destaque: ao longo do texto, a vida a que farei referência será a vida orgânica, manifesta na pessoa humana, composta de carbono aglomerado, com tempo de existência indeterminado.
Continuemos com a argumentação.
O recurso mais escasso para a produção de qualquer coisa é a mão de obra. O trabalhador é o dono do capital mais frágil da economia: o homem-hora.
O tempo gasto durante qualquer atividade é impossível de ser reembolsado, pois a vida é consumida mediante a utilização do tempo.
Um tempo significativo de nossas vidas é direcionado somente à aquisição de recursos para a nossa sobrevivência.
Trabalhamos mais e melhor, buscando aumentar a nossa produtividade, tendo como objetivo alcançarmos patamares que estejam acima da mera subsistência.
A remuneração que recebemos é proveniente do gasto do/a nosso/a tempo/vida em determinada tarefa.
Se alguém rouba o dinheiro que conseguimos ao gastarmos nossas vidas trabalhando, este alguém é mais do que um ladrão, é um homicida, pois a vida que gastamos é impossível de ser ressarcida.
Sem percebermos, o estado vai nos tirando a vida, através dos impostos, que poderia ser usada para fins nobres.
Anestesiados, trabalhamos para sustentar o nosso próprio inimigo, e isso torna o crime quase perfeito, porque somos induzidos a crer que estamos legitimando a prática, fazendo com que ela deixe de ser crime.