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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a culpar a obesidade de alguns pela fome de outros. Segundo ele, o fato de alguns comerem demais leva a uma redução da oferta de alimentos para os mais pobres, causando a fome destes.

O discurso do petista foi feito durante a cerimônia de lançamento do Pronasci (Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania). Ele também afirmou que além de causar a fome, a obesidade é uma questão de saúde urgente, que a solução para esse problema seria o estado cuidar com “carinho” da situação:

“Aqui ninguém está com excesso de magreza, a não ser o nosso poeta. O restante está tudo com um pouco de obesidade, que também é uma doença que nós precisamos cuidar. A nossa médica que é ministra da Saúde sabe perfeitamente bem que a obesidade causa tanto mal quanto à fome. É por isso que o Flávio Dino está andando de bicicleta, porque ele sabe que vai precisar que o Estado cuide com muito carinho desse mal”

afirmou Lula

Não é a primeira vez que Lula faz esse discurso

Não é a primeira vez que Lula culpa pessoas obesas pela fome no país. Durante a assinatura de decretos da reinstalação do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea) e da Câmara Interministerial de Segurança Alimentar e Nutricional (CAISAN), o petista afirmou que já que o Brasil produz “alimentos demais” e ainda assim há pessoas com fome, o motivo seria algumas pessoas comerem “mais do que deveriam comer”.

Confira o vídeo abaixo:

https://www.instagram.com/reel/CpP2OJEDDYp/?igshid=YmMyMTA2M2Y=
De forma conveniente, a esquerda progressista (que compõe parte do eleitorado de Lula) não fez um comentário sequer sobre o assunto. O mesmo grupo que problematiza o discurso anti-obesidade, o taxando de “gordofóbico”.

Da mesma forma, após Lula repetir o mesmo discurso sem nexo, a turba lacradora permaneceu em silêncio mais uma vez. Como diz o ditado: “não é o que se diz. É quem diz“.

Obesos são responsáveis pela fome?

A afirmação sem fundamento proferida por Lula é só uma desculpa absurda para esconder a incapacidade do estado em resolver a situação. Apesar do próprio alegar ser o estado a solução para isso. Lula não acredita nas promessas sem sentido com as quais ele tanto ludibria os iludidos que acreditam que ele seja capaz de resolver a questão da fome.

Não é segredo para ninguém versado em economia o princípio básico de que a produção precede o consumo. Ora. Não há alimentos demais. Muito pelo contrário. Há escassez de alimentos a ponto de torná-los pouco acessíveis ao público mais pobre. Também para os que entendem de economia, outro princípio é inegável: quanto maior for a oferta de um bem em um mercado competitivo, menor será o seu preço.

No entanto, Lula não possui nenhum compromisso com a liberdade econômica. Seu compromisso é tirar proveito dos cobradores de impostos. Mas sabendo que suas promessas fantasiosas não são uma solução efetiva para a fome, ele transforma em bodes expiatórios aqueles que usam seu dinheiro honesto para se alimentarem como bem entendem.

Afinal, pra quê liberdade econômica se limitar o que cada um come para dar a outros é o caminho mais fácil?

O estado pode cuidar de nós com “carinho”?

Um outro grande absurdo dito por Lula em seu discurso foi de que o estado irá cuidar de nós com “carinho”. A velha imagem de um estado paterno e amoroso que cuida de nós e sabe o que é “melhor” para nós.

A verdade é que a única coisa pela qual o estado tem carinho é pela manutenção da sua existência. E para atingir seus objetivos os seus meios estão longe de serem “carinhosos”.

Em relação à fome, a verdadeira solução é: liberdade econômica. Liberdade para se apropriar de terras “públicas” que o estado impede que as pessoas usem para o cultivo. Liberdade para importarem alimentos de outros países, livrando a população de permanecer reféns dos monopólios nacionais garantidos pelo estado.

Quanto à obesidade, é uma questão de saúde pessoal. É importante que haja conscientização para que as pessoas evitem esse grave problema. E a última coisa que estas pessoas precisam é de um estado supostamente “carinhoso”.

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