Relatórios recentes sugerem que o Capitólio está buscando a autorização do Congresso para permitir que a Dinamarca venda caças F-16 para a Argentina. O governo de Joe Biden enviou duas notificações ao Congresso dos EUA solicitando autorização para a venda de até 38 caças Lockheed Martin F-16 de segunda mão para a Força Aérea Argentina. A proposta também poderia incluir quatro aeronaves de patrulha marítima P-3 Orion. A possível venda evitaria o fornecimento do caça chinês-paquistanês JF-17. Os F-16 propostos são aeronaves que atualmente pertencem à reserva da Força Aérea Real Dinamarquesa, os P-3 Orion atualmente na reserva das forças norueguesas.
A Argentina tem ativamente procurado reequipar suas forças militares, fortemente negligenciadas pelos governos populistas do país das últimas décadas, e enfraquecidas pelo conflito militar contra os britânicos. Devido ao conflito sobre as Ilhas Malvinas (Falkland Islands), a Grã-Bretanha impõe seu poder de veto sobre equipamentos militares vendidos à Argentina. Nenhum componente britânico deve estar presente. No caso dos F-16 propostos, o Departamento de Estado Americano informou não haver componentes britânicos, não sendo necessário, portanto, uma licença de exportação do Reino Unido.
A aprovação inicial para autorizar a venda de aeronaves fabricadas nos EUA está enquadrada do cabo de guerra entre as esferas de influência das grandes potências mundiais. A China propôs a venda de seus JF-17 Thunder, a índia, seus HAL Tejas. A expansão da influência asiática na América do Sul é monitorada pelos americanos. Os caças chineses propostos possuem vantagem frente aos F-16 ofertados, por possuírem tecnologia mais atual, mas a Argentina está ciente das consequências acerca de seu parceiro americano caso aceite uma das propostas asiáticas.
A autorização final requer a aprovação de ambas as casas do Congresso. Após, a Argentina estará qualificada para comprar as aeronaves.