A (ONG) Instituto Socioambiental, que está sendo investigada pela CPI das ONGs, fará parte de um grupo liderado pela ministra do Meio Ambiente, Marina Silva. No caso, o ISA foi indicado como membro efetivo da Comissão Nacional para Recuperação da Vegetação Nativa (Conaveg). Até o momento, não foi informado se a participação da ONG no ministério do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) será de forma voluntária ou remunerada.
O ISA foi denunciada por comunidades indígenas durante a CPI devido a supostas ações exploratórias contra povos indígenas. A ONG atua na região da floresta amazônica há pelo menos duas décadas e já recebeu uma quantia de pelo menos R$ 60 milhões provenientes do Fundo Amazônia, um “caixa” financiado por nações desenvolvidas como Noruega e Alemanha, que deveria ser destinado à preservação da Amazônia e ajuda aos indígenas que habitam a região.
No entanto, comunidades indígenas que deveriam ser beneficiadas com esses recursos acusam o ISA de não atender às suas necessidades. Eles afirmam que a ONG havia prometido destinar tais recursos à construção de obras de infraestrutura em locais como Pari-Cachoeira (AM), porém a mesma não cumpriu com essas promessas. O ISA, por sua vez, nega veementemente todas as acusações.
CPI das ONGs
A CPI das ONGs foi instalada pelo Senado em junho deste ano. O intuito da CPI é investigar o repasse de verba pública para as ONGs pelo governo federal e a utilização desses recursos pelas entidades de forma inadequada; o foco deve ser na Amazônia. A CPI é fruto de uma iniciativa do senador Plínio Valério (PSDB-AM), que já havia tentado emplacar a Comissão outras duas vezes. No entanto, ele não conseguiu tirá-la do papel nas gestões anteriores.