Aldeões do estado de Kaduna, no norte da Nigéria, foram surpreendidos quando os militares do país lançaram um ataque de drone armado em uma reunião pública no fim de semana, matando 85 pessoas e ferindo dezenas de outras.
A reunião era parte das celebrações muçulmanas do Maulide, que comemora o aniversário do Profeta Maomé. Por volta das 21 horas de domingo, as forças armadas do país localizaram um grupo que determinaram se tratar de “criminosos”, de fato à solta no norte e no centro da Nigéria. Grupos criminosos se tornaram a principal ameaça à segurança em grande parte do norte e centro do país, ocupando vilarejos rurais, lançando ataques e sequestros para pedir resgate. As autoridades descrevem essas gangues como grupos terroristas.
Segundo testemunhas, a primeira bomba caiu por volta das 21h45. Por volta das 23h, uma segunda bomba foi lançada, matando muitos socorristas de vilarejos próximos. Testemunhas descreveram corpos despedaçados. Dentre os mortos, estão mulheres, idosos e crianças. O presidente da Nigéria ordenou uma investigação do ocorrido.
Não é a primeira vez que as forças armadas nigerianas atacam civis por engano. Em janeiro, 39 pessoas foram mortas por um ataque aéreo no estado central de Nasarawa. Em 2017, a força aérea bombardeou um campo de refugiados na cidade de Rann ao seguir coordenadas erradas.
Possuem tanta tecnologia, mas não possuem qualquer preparo para utilizá-las corretamente e poucos limites sob os seus atos, e dificilmente alguém será responsabilizado, e assim o evento seguirá se repetindo no futuro. Eis a questão, quem é o maior terrorista nessa história?