Foram sancionadas na última segunda-feira (15), pelo presidente Lula, as leis que retomam as cotas obrigatórias para obras nacionais em sessões de cinema e em canais de televisão paga. De acordo com a Casa Civil, os textos foram sancionados sem vetos.
A retomada das cotaa para exibição das obras brasileiras era uma das exigências de grande parte da classe artística do país, que também possui um grande número de apoiadores de Lula que esperavam a aprovação de tal medida. Óbvio que tal apoio é disfarçado de “preocupação com a cultura nacional”.
O Palácio do Planalto usou a mesma justificativa, afirmando que “fortalece a política pública e impacta diretamente no desenvolvimento cultural brasileiro, por meio da valorização da produção e distribuição de obras cinematográficas nacionais”.
Obviamente que o interesse por parte do Palácio do Planalto em tal proposta está em manter consigo o apoio da classe artística. Afinal, grande parte dos artistas do país são fortes apoiadores de Lula, e possuem grande influência sobre o público mais jovem, que compõem a nova geração de eleitores.
E como foi comentado neste artigo sobre a aprovação de tais projetos no Senado, o interesse em criar tais cotas não possui apenas motivações financeiras. Isso também faz parte de um projeto de poder!
Ao estabelecer quais os critérios para um determinado filme ter sua produção contemplada com a Lei Rouanet (que é o caso da maioria dos filmes nacionais), o viés político de tais critérios irá determinar o teor do filme e toda a mensagem que ele transmite, se tornando uma verdadeira arma de propagação ideológica.
O presidente Lula demonstra isso ao afirmar com a medida, haverão “histórias brasileiras contadas por brasileiros para nosso país e o mundo”. E com isso ele quer dizer apenas filmes impregnados com o viés ideólogico da esquerda política, que é a grande defensora de tal pauta.
E assim como foi explicado no mesmo artigo sobre a aprovação de tal pauta pelo Senado, haverão os impactos econômicos de tal medida, tanto sobre as empresas de exibição de filmes, como também os clientes, que se verão cada vez menos sem opções além dos filmes propagandísticos da esquerda política.