Uma iniciativa por parte de arquitetos na cidade de Pomerode (SC) está se mobilizando para iniciar a reconstrução das milhares de habitações destruídas pelas águas no Rio Grande do Sul. Chamada de “ReconstruSUL”, a campanha tem por objetivo arrecadar materiais de construção e móveis para serem doados aos gaúchos.

A iniciativa surgiu no estado de São Paulo, por parte de uma arquiteta daquele estado. E em Pomerode, os profissionais desta área decidiram aderir a esta ideia, para contribuir com seu conhecimento e contatos.

Material doado para o projeto ReconstruSul | Foto: divulgação

Em entrevista ao Jornal de Pomerode, Petra Selke Volkmann, que é responsável pela campanha em Pomerode, e que conta com o apoio da Associação de Engenheiros e Arquitetos de Pomerode (Asseapo), disse que ficou sabendo da campanha “ReconstruSUL” enquanto pesquisava como poderia ajudar as pessoas que perderam tudo.

“A ideia surgiu a partir do sentimento de impotência, ao ver a magnitude da tragédia, com tantas cidades atingidas, além de vermos as pessoas ajudarem, mas parecer que ainda é pouco, diante de tudo o que aconteceu no Rio Grande do Sul. Então, começamos a pensar em como vai ser quando a água abaixar, o que as pessoas que perderam casas vão fazer. Eu, como arquiteta, pensei em como, na minha profissão eu poderia contribuir”

comentou Petra
Foto: Divulgaçã

Segundo Petra, a ideia é unir os arquitetos de cada cidade, para que cada um faça um ponto de coleta e, com seus parceiros, fornecedores e clientes, consiga materiais de construção novos, excedentes de obras.

Foto: Divulgação

Para ajudar a campanha, os interessados podem doar, por exemplo, sacos de cimento, válvulas, tubulações, ou seja, coisas que não são devolvidas em materiais de construção, mas que estão em bom estado. Outros materiais que podem ser doados para a campanha “ReconstruSUL” são: esquadrias, peças de madeira para forro, madeiramento de telhado, tijolos de demolição, cimento, revestimentos de todos os tipos, além de material hidráulico, elétrico, tinta, caixas d’água, disjuntores, fiação, espelhos de tomada, interruptores, acabamentos, lâmpadas, tubulações, cifão, vaso sanitário, torneira, cuba, além de móveis.

“Lembrando que tudo precisa estar em bom estado, pois as pessoas que perderam tudo não merecem receber algo estragado, a doação não é um descarte. Quem recebe, também merece ter algum conforto, acolhimento, com coisas que nós usaríamos em nossas obras”

disse Petra
Foto: Divulgação

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