A cadeirada de Datena em Marçal é o puro suco da política

O debate entre candidatos à prefeitura de São Paulo realizado neste último domingo teria sido o mais do mesmo das falsas promessas e trocas de ofensas se não fosse pelo inesperado: Datena, que concorre à prefeitura de São Paulo pelo PSDB, jogou uma cadeira no candidato Pablo Marçal (PRTB).

A agressão por parte do Datena foi feita após Marçal provocar o adversário, afirmando que ele não teria coragem de cumprir com as ameaças de agressão que ele vinha fazendo. Em seguida, Datena se levantou furioso de forma repentina e atacaou Marçal com uma cadeirada, surpreendendo a todos os presentes assim como os telespectadores que acompanhavam o debate.

Após o ocorrido, Marçal foi levado para o Hospital Sírio-Libanês. Segundo seus assessores, o candidato teria fraturado uma costela devido à agressão de Datena.

Abaixo, o vídeo mostrando o momento da agressão:

Repercussão

Como não poderia ser diferente, o acontecimento repercutiu em toda a mídia e principalmente na internet. E como era de se esperar, gerou diversos memes que tomaram conta das redes sociais no Brasil, se tornando um dos assuntos mais comentados desta segunda-feira. Senão o mais comentado.

E como também era de se esperar, vários internautas, principalmente de esquerda, comemoraram o ato de Datena contra Marçal. O mesmo público que acusava Bolsonaro de truculência e de ser incapaz de manter uma conversa civilizada com alguém.

E aqui não está se defendendo nem Bolsonaro, nem mesmo Marçal. Ambos fazem parte do sistema, sendo Bolsonaro mais um parasita político que apenas levou o público a renovar sua esperança no estado ao invés de repudiá-lo, e o Marçal é apenas mais um candidato a maior parasita da cidade de São Paulo.

O que se está atacando aqui é a falta de coerência. Esses comentários exaltando a agressão de Datena contra Marçal apenas mostram que as críticas à “truculência” de Bolsonaro não passavam de conversa fiada para tentarem vender seu candidato favorito (em geral, o Lula) como moralmente superior.

A política em sua essência

Tal episódio poderia ser visto apenas como um caso de agressão isolado, se não fosse pelo que ele representa: a política em sua essência.

Quem é libertário já deve entender que o estado é nada mais do que a violência institucionalizada. É a organização criminosa que existe mediante a parasitagem dos indivíduos pacíficos por meio da força. Obviamente, o estado tenta mascarar isso, buscando legitimar suas ações por meio de narrativas impostas à sociedade graças ao monopólio sobre a educação e o controle da mídia.

Mas por baixo de todo o discurso pomposo e demagogo, está a sua real natureza: violência. Principalmente contra aqueles que discordam de seus ditames autoritários. O estado trata cada cidadão desobediente e questionador do mesmo modo que Datena tratou Marçal: usando da violência contra aqueles que o questionam.

Isso é algo que memes como este abaixo ilustram bem:

E não estou aqui pintando Marçal como algum herói. Longe disso! Porque ele também é engrenagem do sistema e tão demagogo e oportunista quanto todos ali presentes no debate, se digladiando pelo cargo de parasita máximo da cidade de São Paulo, com a mesma demagogia e falsas promessas de sempre.

Também não é difícil imaginar que Marçal irá se utilizar do episódio para posar de mártir e utilizar isso a seu favor para alavancar sua candidatura e aumentar suas chances de vencer a eleição.

Uma rinha entre ladrões

A agressão de Datena contra Marçal representa como realmente os políticos em oposição tratam uns aos outros, se matando para ver quem irá parasitar mais. Pois os políticos como um todo não possuem outra função além dessa.

E como afirma o grande filósofo e economista libertário alemão, Hans-Hermann Hoppe, a democracia nada mais é do que uma disputa entre ladrões pela parasitagem dos recursos da sociedade. 

E diferente da concorrência entre empreendedores no mercado, a concorrência entre políticos na democracia gera cada vez mais males ao invés de bens para a sociedade. Onde os maiores mentirosos, ladrões e patifes chegam ao poder. Os piores chegam ao poder, como bem dito pelo economista Fredrich August von Hayek.

Óbvio que formam alianças temporárias sempre que julgam necessário, só ver o caso de Lula e Alckmin. Mas não se engane. Não existe honra entre ladrões. E na primeira oportunidade, um irá apunhalar o outro pelas costas.


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