A doutrinação estatal vai além do que você imagina

Doutrinação

Muito se fala sobre doutrinação, mas você sabe o que é? Sempre que vejo alguém falar sobre doutrinação, há algo ali incompleto que não parece tocar no real problema. Uma demonstração disso é o fato de muitos acreditarem que o projeto “Escola sem Partido” é a solução para o problema da doutrinação.

O entendimento sobre doutrinação se aperfeiçoou com o passar do tempo, mas muitos não se atualizaram. Ela deixou de ser uma mera introdução de ideias de forma gradual para uma modificação do instrumento que usamos para pensar, a saber, a linguagem.

A linguagem nada mais é do que um instrumento que usamos para entender a realidade, para entender e até “modificar” a mesma. Quando estamos diante de algo novo, nossa percepção gera uma imagem em nossa mente. A partir dessa imagem, comparada com outras semelhantes, surge um conceito, que é uma abstração da realidade, a universalização do objeto. E a partir desse conceito, cria-se um signo que designa o objeto observado.

Só com esse pequeno fato, podemos ver a importância da linguagem, pois ela molda nossa visão da realidade. Mesmo que nossa percepção nos diga algo, se não temos o instrumento certo para expressar o que sentimos, acabamos usando outros termos, outros signos ou símbolos para expressar o mesmo. E é aí que começamos a pensar na realidade de uma forma completamente contrária ao que realmente é. Vou dar uma demonstração disso.

Vamos analisar uma frase que você muito provavelmente conhece:

“Eu vejo uma lógica no assalto, eu não tenho aquilo que eu preciso então eu pego dos outros.”

É um absurdo, não é? Quando Marcia Tiburi disse algo parecido, a direita foi à loucura. Começaram a dizer que ela era uma completa imbecil, que defendia criminosos. Mas pergunte para essas pessoas o que acham dos impostos, pois a defesa lógica é parecida. Existem pessoas que não conseguem obter certas coisas, então o estado rouba e dá a essas pessoas.

Mas o que aconteceu? Como a pessoa consegue defender e repudiar uma coisa que em sua essência tem o mesmo problema? É simples: basta aceitar uma palavra sem pensar sobre ela, sem buscar seu conteúdo real, que seu conteúdo é quase que inteiramente abandonado, trocado por outro conteúdo que pode ou não ter ligação com a realidade.

Nesse caso, forma-se um simulacro de linguagem, uma cópia daquilo que a linguagem deveria dizer, mas que foi contaminada. Uma linguagem que não busca a realidade, mas busca expressar as ideias que grupos consideram certas. E assim, a pessoa não enxerga mais a realidade, mas uma espécie de “segunda realidade”, que é uma falsificação da realidade criada por uma filosofia, ideologia… O cruel é que muitos passam a viver em um mundo de mentiras, onde até conseguem perceber a realidade, mas por não conseguir expressar, não conseguem pensar sobre elas e acabam se enganando. A linguagem passa a não expressar a realidade, mas seu próprio estado de alienação.

(lei também: É hora de separar a escola do estado)

E tudo que é ruim pode piorar. Como a linguagem está em todo lugar e a educação estatal (que é a máquina de doutrinação mais formidável já criada) forma os intelectuais e agentes da mídia, eles incorporam esses chavões de discursos e passam a reproduzi-los em massa. As pessoas presas nesses sistemas linguísticos acabam por acreditar que estão falando sobre a realidade, pois todos estão usando os mesmos signos para designar as coisas.

Quer saber se o Brasil vive esse problema? Porque você acha que estão tentando empurrar de todo jeito a linguagem neutra? “Arte” degenerada, em normalizar o feio e o absurdo?

Primeiro parte a prisão linguística; segundo, a prisão imaginária. É isso o que é a doutrinação. Ela é muito mais profunda do que um simples ato de censurar críticas ou impor ideias. A verdadeira doutrinação ataca a fonte do que usamos para formar nossas ideias. Ela é capaz de transformar nossos escravizadores em Messias.

Artigo escrito por MP e revisado por Rodrigo


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