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Após as últimas derrotas no Congresso, Lula se vê em desespero para garantir maior apoio às medidas que são cruciais para o governo. Como foi mostrado em um artigo anterior, todas as pautas que foram derrubadas ou tiveram suas votações suspensas, eram cruciais para garantir um boom econômico, maior apoio no Congresso e silenciamento da oposição.
Agora, Lula tenta correr atrás do prejuízo e usar as emendas que faltavam ser liberadas para garantir apoio de suas pautas entre os parlamentares. Em uma entrevista recente ao G1, o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, admitiu que Lula irá tentar negociar com os partidos que possuem ministério em seu governo.
Para bom entendedor já ficou claro: Lula lhes garantiu cargos de seus membros em seus ministérios em troca de apoio político, e espera que eles retribuam o “favor”. Ou melhor dizendo: que cumpram sua parte no acordo. Não será difícil imaginar que Lula poderá retirar o cargo um a um de quem não quiser colaborar.
Ainda segundo Padilha, Lula havia determinado que fosse realizada uma rodada de conversas com partidos que comandam ministérios. E o ministro foi direto sobre o motivo: cobrar votos.
Na entrevista, Padilha afirmou que uma das reclamações do Congresso é a demora das emendas que ainda faltam ser liberadas. Bom, isso explica o fato de muitos deputados terem voltado atrás com seu apoio às pautas defendidas por Lula. Além da pressão popular.
Eles não irão arriscar sua reeleição a não ser que as compensações liberadas por Lula realmente compensem.
Troca de favores dentro da lei
É evidente que a liberação de emendas é uma troca de favores entre políticos. E algo que se tornou tão banal que todos tratam com naturalidade. Parece ser um daqueles detalhes que o establishment político e grande mídia tratam como um mecanismo natural e aceitável de se fazer política.
É como se fosse uma forma de não encarar e expor a realidade: que política se resume basicamente a uma luta entre parasitas na disputa para enganar e expropriar o máximo possível de agentes produtivos na sociedade. Talvez a tentativa de fazer crer que a negociação por emendas é apenas uma tentativa de políticos em obter o máximo possível de recursos para beneficiar seus governados engane os mais incautos.
Liberação de Emendas: última cartada de Lula?
A liberação de emendas restantes para parlamentares será uma cartada decisiva para reverter as últimas derrotas e garantir que suas pautas sejam aprovadas no Congresso. Se nem mesmo elas conseguirem garantir o apoio dos deputados para seu projeto, o petista verá seu governo cada vez mais ameaçado pela crescente insatisfação e risco do PT perder sua atual posição no cenário político brasileiro.
Ao mesmo tempo não se pode ser exageradamente otimista. Ainda há a possibilidade de que as emendas compensem até mesmo uma eventual perda das próximas eleições para muitos deputados, caso aprovem os projetos impopulares de Lula. No entanto, ainda há a possiblidade disso não ocorrer, o que seria um problema a menos para os brasileiros.
3 respostas para “Após derrotas no Congresso, Lula decide apelar e liberar mais emendas”
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Bolsonaro fez exatamente o mesmo!
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sim, todo político é um parasita e manipulador
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Ainda discutem, o meu ladrão é melhor. Não o meu parasita é melhor.
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