O presidente Lula admitiu nesta sexta-feira, 27, que seu governo “dificilmente” cumprirá a meta fiscal de déficit zero em 2024, que foi proposta pelo ministro da Fazenda Fernando Haddad no Arcabouço Fiscal. A declaração do petista foi feita durante um café com jornalistas, no dia do seu aniversário de 78 anos.
Durante o café o presidente afirmou que para ter um déficit zero nas contas públicas, o governo precisará fazer corte de investimentos. “Dificilmente chegaremos à meta zero até porque não queremos fazer corte de investimentos e de obras”, afirma Lula. No entanto, ele mesmo deu preferência à gastos pessoais e uso de emendas para comprar apoio do Congresso enquanto várias prefeituras entraram em greve por falte de repasses.
E como apontado por Vera Rosa e Weslley Galzo, 2024 é um ano eleitoral e como os petistas já afirmaram nos bastidores, será necessário contrariar Haddad porque, se a arrecadação for insuficiente, haverá corte em programas sociais. Ou seja, não será possível financiar o assistencialismo sobre o qual o PT sempre se elegeu.
Lula ainda afirmou que o mercado é muitas vezes “ganancioso demais e fica cobrando a meta que eles acreditam que vai ser cumprida”. O presidente no caso não tolera a ideia que empreendedores e investidores não querem ser duramente taxados. E a fala do petista inclusive já vem causando indignação e preocupação no mercado, já que Haddad havia conseguido apoio de empreendedores e investidores graças à sua promessa de zerar o déficit ainda este ano.
Que empreendedor e investidor acredita que o Haddad, um desenvolvimentista/marxista vai cumprir o que fala? Quem acredita em algo que o Lula diz?
Somente um empreendedor e investidor já dependente do estado (já não mais investidor e tampouco empreendedor) vai escolher candidato para chamar de seu. No final das contas, esses empreendedores e investidores crentes da política, são na verdade político disfarçados de representantes do mercado.