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O subsídio à produção e venda de carros populares por meio de isenção de impostos é um dos apelos de Lula para manter a pouca popularidade do seu governo. Com alta dos preços dos automóveis devido à escassez de veículos causada pela falta de insumos, o petista viu nessa medida uma chance de melhorar um pouco sua imagem ante os brasileiros.

Mas quem achava que tudo seria flores se enganou. Sob pressão da bancada ambientalista, Lula decidiu subsistir a isenção dos carros populares (que são mais poluentes) por créditos fiscais. E a ideia para subsidiar esse crédito será a retomada da tributação sobre o diesel.

Como irá funcionar

Segundo o redesenho feito pela Fazenda, a isenção deve ser substituída por um bônus que vai de R$ 2 mil a R$ 8 mil e será abatido diretamente do preço do carro. Para conceder o crédito fiscal, o governo irá levar em consideração três fatores para subsidiar os modelos: eficiência energética, preço e conteúdo nacional.

Segundo estimativas do governo, a reoneração do diesel poderá gerar até R$ 3 bilhões em arrecadação, o dobro do necessário para custear a queda do preço dos carros populares. Haddad já estimou que a medida de crédito fiscal para os carros populares irá custar cerca de R$ 1,5 bilhão. Segundo ele, o R$ 1,5 bilhão restante será usado para reduzir o déficit público ainda em 2023.

Além dos carros populares, o crédito fiscal também irá subsidiar a compra de carros e caminhões mais ecológicos. A ideia é que a cada caminhão Euro 6 (que é o padrão dos caminhões e ônibus ecológicos ) vendido o governo compre um caminhão antigo, com mais de 30 anos de fabricação, para então retirá-lo de circulação.

Segundo Haddad, para que o imposto não impacte imediatamente nos preços, a reoneração em duas partes. A equipe econômica também acredita que não haverá um aumento expressivo no valor do diesel devido a desvalorização do dólar em relação ao real e também devido a queda no preço do barril do petróleo.

Leia também: O impacto dos impostos sobre os combustíveis

De qualquer forma, você irá pagar por isso

O que poderia ter sido uma boa medida acabou sendo substituída por outro pior apenas para atender aos caprichos da bancada ambientalista. Haddad alega que pelos motivos por ele apresentados, não haveria um impacto drástico nos preços de imediato.

Entrentando, independente se haverá um impacto imediato ou não, o fato é que haverá. Principalmente devido à uma maior escassez de diesel. Sem falar que acima de tudo, independente do valor tributado, pessoas serão roubadas.

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