Neste clima de Copa do Mundo, outras coisas além de lances e gols fizeram o tema futebol estar em alta nas discussões do país. No caso, a dívida do jogador Neymar Jr. da seleção brasileira de mais de R$ 88 milhões em impostos, que vem sendo um dos assuntos mais comentados do momento.
Entre os comentadores sobre o assunto, se destacam o do público mais a esquerda. O mesmo público iludido com a ideia de que cabe ao estado e que ele é capaz de prover serviços essenciais para a população (saúde, educação, segurança, etc).
O mesmo público que ignora a velha máxima do grande economista francês Fredéric Bastiat:
Iludidos pela promessa do estado assistencialista, eles entendem que tais benesses seriam impossíveis sem a espoliação via impostos, principalmente dos mais produtivos da sociedade. Afinal, apenas por meio do roubo (impostos) o estado e os serviços que ele oferece, podem se manter.
É crime ser rico
Já e lugar comum na esquerda demonizar todos os ricos como responsáveis por todas as mazelas dos mais pobres. Em um misto de inveja com ignorância econômica, muitos à esquerda acreditam na noção equivocada de que para alguém enriquecer, precisou retirar de muitos outros. (Neste artigo é demonstrado o quanto esse raciocínio é equivocado).
E o jogador Neymar já é uma personificação do “rico malvadão” no imaginário esquerdista. Pouco importa que ele tenha chegado à sua posição por meios honestos.
Some isso à ousadia de Neymar em manter os frutos do seu trabalho com ele mesmo, e então temos um odioso rico que não quer contribuir com a generosidade do papai estado. Pois segundo esquerdistas, o papai estado sabe distribur melhor este dinheiro com os mais necessitados e não enriquece nenhum dos políticos e burocratas que o gerenciam.
(leia este artigo para entender o quanto a ideia de que há serviços que somente o estado pode oferecer é falaciosa.)
Abaixo, alguns exemplos do “amor que venceu o ódio”, destilando seu ódio contra o Neymar por ele se recusar a ser roubado:
Depois que ele perceber que esses 88 milhões fazem falta ao país, mais do que seus gols, eu passo a torcer por ele. Por enquanto, torço apenas pelo Brasil.
— gonçalves (@monica_mlg_2010) November 27, 2022
88 + 23 = 101.000.000
— Chiquita-bacana (@dingdongcheguei) November 26, 2022
Se organizar direitinho, nem vai precisar de PEC
Este aqui acha que a única forma de obter os serviços descritos por ele é roubando alguém:
ele tem condições de pagar muito mais, mas duvido que vá pagar se quer uma fração dessa dívida para com os serviços públicos que os brasileiros precisam (exército, bombeiro, SUS, saneamento básico, água encanada, eletricidade, polícia, iluminação pública, ruas, calçadas, etc..)
— ً (@perditus_anima) November 26, 2022
Este outro ao invés de se indignar com o parasitismo estatal pede que o outro seja expropriado também:
Eu pago meu imposto em dia, pq essa merda nao pode pagar
— humberto Sal (@HumbertoToe) November 26, 2022
Pelos tweets, chega a ser horrendo perceber o quanto muitos brasileiros acham que não apenas a expropriação é a única forma de obter os vários serviços apontados, como que deve ser visto como algo louvável. Uma sociedade baseada na mentalidade parasitária, ao invés da produtiva, está fadada à ruína.
A sonegação de Neymar como um ato de heroísmo
Ao sonegação do Neymar é um verdadeiro ato de heroísmo, pois ninguém deve ser obrigado a fornecer sua propriedade ao estado ou qualquer pessoa, independente da justificativa. Por mais nobres que as justificativas pareçam, nada justifica a expropriação daquilo que você obteve por meios honestos!
Ao sonegar, Neymar está se rebelando contra este sistema parasitário. Sistema parasitário este que ilude os incautos com migalhas de tudo o que ele rouba dos cidadãos. Migalhas estas muito abaixo do que poderiam obter em uma economia verdadeiramente livre!
Ao não colaborar com o estado e seu parasitismo, Neymar, mesmo que não conscientemente, exerce um papel de resistência e contribui com o enfraquecimento do Leviatã. Cada “Neymar” que sonega é uma bomba jogada na máquina estatal.