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Já é o terceiro dia em que membros do Sindicato do RN vem aterrorizando municípios do Rio Grande do Norte por meio de uma série de crimes. Os primeiros ataques ocorreram nesta terça-feira, onde os criminosos atearam fogo em vários ônibus e depredraram vários estabelecimentos e até mesmo residências. Esses ataques já aconteceram em mais de 39 cidades.
Apesar dos policiais terem prendido alguns dos autores desses crimes, a maioria deles permanecem livres e aterrorizando a população potiguar. A governadora Fátima Bezerra chegou à pedir reforço à união, já que as forças policiais locais não estão dando conta da situação, que está cada vez mais fora de controle.
As motivações dos ataques
Em vídeos que andam circulando em grupos de Whatsapp, alguns homens mascarados e fazendo uso de armas de grosso calibre se apresentam como autores dos ataques. Os criminosos estão buscando chamar a atenção do estado para reivindicar melhores condições nos presídios. Dentre as reivindicações, estão a disponibilização de celas maiores, mais limpas, televisão e visitas íntimas.
De forma previsível, os defensores dos Direitos Humanos (ou “Direitos dos Manos”, nesta caso) denunciaram o que consideram condições degradantes para os criminosos.
E o terror continua
Na madrugada deste sábado, criminosos invadiram três casas e expulsaram ao todo nove moradores, todos da mesma família. Em seguida, atearam fogo em todos os pertences das vítimas.
Além destes crimes, outros ataques se seguiram, incluindo incêndios de ônibus e caminhões e até mesmo depósitos de medicamentos.
O estado é incapaz de nos proteger contra o crime
Mais de cinco dias se passaram desde que os ataques do Sindicato do RN começaram, e a população potiguar continua aterrorizada sem saber quando tudo isso acabará. Muitas empresas de ônibus reduziram suas frotas com medo dos ataques, prejudicando seus passageiros.
Muitos estabelecimentos tiveram enormes prejuízos, e algumas pessoas chegaram a ficar sem sua fonte de renda. A população segue aterrorizada com o clima de insegurança, e mesmo o estado tendo o monopólio da força, ele continua incapaz de resolver tal situação.
Dos presídios, os líderes das facções mantém sua influência nas ruas, angarinhando cada vez mais membros. Ao mesmo tempo, o estado não consegue manter a segurança nas ruas, o que contribui para o sentimento de insegurança que cresce cada vez mais no RN.
O estado brasileiro ao mesmo tempo em que não protege os cidadãos, os impede de buscarem seus próprios meios de se defender. Ao restringir o acesso às armas por parte dos civis e dificultar o surgimento de serviços de segurança efetivos e acessíveis, o estado se mostra como um cúmplice na violência contra os cidadãos.
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