De acordo com o jornal New York Times, as tropas russas invadiram Kiev, capital da Ucrânia, em torno das 13h50 (horário local). Ontem (24), a Rússia começou sua invasão ao território ucraniano e iniciou ataques às instalações militares de todo o país. Mais de uma centena de pessoas morreram, incluindo crianças.

Kiev como principal alvo dos russos

Durante a madrugada, um foguete disparado pela Rússia atingiu um prédio de Kiev. Apesar da Rússia negar a acusação, o presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, afirma que a Rússia está atacando prédios residenciais em Kiev.

Durante a invasão de Kiev, dezenas de milhares de civis fugiram e muitos se refugiaram nas estações de metrô, a procura de segurança contra os bombardeios que também atingiram áreas residenciais. A ofensiva russa se dá pelo norte do país, onde também está a fronteira com Belarus, país aliado da Rússia.

Segundo fontes militares, Kiev é o principal alvo do presidente russo Vladimir Putin para “decapitar o governo” ucraniano e instalar um Executivo aliado da Rússia.

De acordo com o prefeito de Kiev, Vitaliy Klitschko, a capital entrou na fase de defesa. Em briefing online, ele pediu aos moradores de Kiev que sejam vigilantes e que não deixem suas casas ou abrigos sem necessidade.

A situação é complicada e tensa. Hoje o exército russo atacou Kiev. Depois das quatro da manhã, ataques com mísseis foram disparados contra áreas residenciais de Kiev. Fique dentro de casa ou em abrigos.

Prefeito de Kiev, Vitaliy Klitschko.

“A cidade entrou na fase de defesa. Agora, em algumas áreas da capital, tiros e explosões serão ouvidos. Militares ucranianos neutralizam grupos de sabotagem russos. O inimigo já está em Kiev. Devemos manter a capital que o inimigo quer colocar de joelhos e destruir

completou.

Prefeito de Kiev pede que civis lutem

Vitaliy ainda incentivou os cidadãos a pegarem em armas para ajudar os soldados ucranianos.

Ontem, o Ministério da Defesa da Ucrânia fez o pedido aos civis da região que pegassem em armas. “Pedimos aos cidadãos que nos informem sobre as movimentações inimigas, que preparem coquetéis molotov e neutralizem o ocupante”, afirma uma nota da pasta.

O governo da Ucrânia vêm pedindo por diálogo com a Rússia para por fim à violência na região. Enquanto isso, países ao redor do mundo estão aplicando sanções à Rússia como forma de represália aos ataques.

Em resposta ao pedido da Ucrânia por diálogo, o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, afirmou que o país está disposto a negociar se a Ucrânia deixar de lutar e “soltar as armas”. De acordo com o chanceler da Rússia, eles não têm a intenção de ocupar a Ucrânia, mas “libertar os ucranianos da opressão”.

Estamos prontos para negociações, a qualquer momento, assim que as forças armadas ucranianas ouvirem nosso chamado e soltarem suas armas

disse Lavrov.

O governo da Ucrânia também proibiu a saída de homens de 18 a 60 anos do país, por meio de uma lei marcial, em que as regras de funcionamento de um país são alteradas, deixando de lado as leis civis e colocando em vigor leis militares.

Aliados prometem ajuda à Ucrânia

Segundo o ministro das Relações Exteriores da França, Jean-Yves Le Drian, a vida do presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, “está em jogo”. Ele também diz que Paris está pronta a ajudá-lo.

Ontem à noite, Volodymur Zelensky lamentou que o seu país tenha sido “deixado sozinho”, e disse:

Quem está pronto para lutar conosco? Eu não vejo ninguém. quem está pronto para garantir a adesão da Ucrânia à Otan? Todo mundo está com medo

O governo da Polônia, que tem uma grande fronteira com a Ucrânia, afirmou que os refugiados serão bem vindos no país. A estimativa é que 1 milhão de cidadãos irão se exilar em território polonês.

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