Por decisão do presidente Lula, a ex-presidente, Dilma Rousseff, foi indicada para a presidência do Novo Banco de Desenvolvimento (NBD), o Banco dos BRICS. O atual governo vem negociando com o atual presidente do banco, Marcos Troyjo, para que ele renuncie ao cargo.
O NBD foi criado em 2014 e começou a funcionar em 2016. O objetivo do banco seria financiar projetos e obras que os representantes do BRICS acreditassem contribuir para o crescimento dos países que compõem tal grupo, no caso: Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.
Segundo o governo Lula, há bons sinais de que os representantes dos demais países-membros estejam de acordo com a indicação de Dilma para a presidência do NBD. Caso assuma o cargo, a petista irá presidir o banco até 2025, ano em que termina o mandato do atual presidente, Marcos Troyjo.
Uma breve nota sobre o Banco do BRICS
Como já dito, o NBD foi criado com o intuito de investir em projetos que os representantes do BRICS julgam como “importantes” para o crescimento dos seus respectivos países. No fim, as decisões sobre quais projetos financiar dependerão dos caprichos dos governantes. Independente da narrativa que eles tentem incutir.
Além disso, como diria o economista Murray Rothbard, “não há nenhuma maneira de medir a qualidade e o sucesso de um produto pelo qual os consumidores são forçados a pagar“.
O que esperar de Dilma na presidência do NBD?
O economista Ludwig von Mises nos dá um parecer: “é impossível prever (com total certeza) a ação humana. No entanto, com base no histórico de um indivíduo é possível estimar qual seria a conduta mais provável”.
Se tratando de Dilma Rousseff, as expectativas não são nada boas. Durante seu governo, Dilma não renegou em nenhum momento seu apego ao forte intervencionismo estatal na economia. Por isso, só podemos esperar mais do mesmo modelo aplicado aqui no Brasil, principalmente em sua última gestão como Presidente da República. Crédito barato com juros baixos artificialmente, visando estimular empreendimentos que ela considere importantes, pode ser a meta de Dilma, numa eventual presidência do BRICS.
As consequências disto? As mais previsíveis.
Empreendimentos que nas condições existentes seriam inviáveis sem a ajuda do estado começam a drenar recursos que poderiam ir para os empreendimentos que refletem melhor a demanda dos consumidores. Isso leva a uma consequente redução dos bens e serviços mais essenciais e o respectivo aumento dos seus preços.
Enquanto isso, os empreendimentos mantidos artificialmente pelo estado tornam-se dependentes contínuos da ajuda estatal. Isso leva o estado a retirar mais recursos de onde eles, de fato, são demandados pelo público, enquanto os pagadores de impostos continuam subsidiando os maus investimentos.
Além disto, agravam a situação do consumidor que sofre em dobro, arcando com o aumento dos preços dos produtos e serviços, e também dos impostos.
Resumindo: com Dilma ou sem Dilma, o NBD é um problema. Com ela, a situação fica ainda pior.