Na madrugada do último sábado (30), um dos líderes do PCC (Primeiro Comando da Capital), chamado Kaique Martins Coelho, foi morto a pauladas ao tentar roubar uma residência. Kaique, que era conhecido na região como Nego Zulu, tinha fama de ser cruel e praticar vários assaltos contra turistas na Praia Camboriú Pernambuco.
O último crime
Portando um revólver calibre 38, e junto a um comparsa, Nego Zulu invadiu mais uma casa de praia onde estava uma família de turistas. Poderia ter sido mais um dos crimes praticados pelo bandido. Mas mal ele sabia que seria o último.
Após anunciar o assalto, Nego Zulu e seu comparsa fizeram um verdadeiro arrastão, levando dinheiro, celulares e outros aparelhos eletrônicos das vítimas. Não satisfeito, o criminoso tentou sequestrar uma das vítimas para em seguida pedir um Pix como resgate.
Na casa haviam 3 homens, duas mulheres e quatro crianças. Al tentar sequestrar uma das vítimas, Nego Zulu e seu comparsa sofreram reação dos três homens que estavam na casa. Nego Zulu atirou três vezes na perna de um dos homens que estavam na casa.
Mesmo baleado, o homem e os outros dois colegas continuaram enfrentando Nego Zulu. Segundo informações da Polícia Civil, o criminoso levou várias pauladas e continuou apanhando até a beira da piscina, onde caiu, bateu a cabeça no registro de água e morreu. O comparsa fugiu.
Legítima defesa
Ao chegar ao local, a polícia encontrou o criminoso já sem vida. O delegado Wagner Camargo informou que o caso foi registrado como roubo, extorsão e tentativa de homicídio.
Ainda segundo o delegado, Nego Zulu era muito violento e gostava de agir com crueldade, mesmo quando as vítimas não reagiam. Como o assaltante havia atirado três vezes durante o roubo à residência, e tinha a intenção clara de matar, as vítimas, a Delegacia entendeu que a reação das vítimas foi de legítima defesa.
O direito de se defender
Mesmo em clara desvantagem diante de um criminoso armado, as vítimas decidiram arriscar e defender sua vida e de uma das pessoas que seria sequestrada. Se conseguiram tal desarmadas, teriam tido um desfecho muito mais rápido e menos problemático se cada um ali estivesse armado.
Talvez um desarmamentista olhe essa afirmação e discorde apontando os casos em que assaltantes renderam vítimas que estavam armadas. Eles se esquecem de mencionar que essas mesmas vítimas são muitas vezes pegas desprevenidas, ou em desvantagem numérica.
Vendo casos como esse podemos imaginar quantas pessoas poderiam ter evitado serem vítimas dos crimes praticados por Nego Zulu caso dispusessem de meios efetivos de defesa. Meios esses que o estado tenta nos proibir e nos manter ao seu mercê.