Nessa sexta-feira, dia 1°, segundo reportagem do G1, o FioCruz no Boletim de Contingência do Covid-19, defendeu a imposição do passaporte de vacinação como medida para combater o vírus.

No documento, o FioCruz destaca que “a proteção de uns dependeria da proteção dos demais”, e aponta o passaporte como uma estratégia importante para estimular e ampliar a vacinação contra a epidemia de Covid não só no Rio, mas no país inteiro.

Na quinta-feira, o presidente do Supremo Tribunal Federal, Luiz Fux, atendeu ao pedido da Procuradoria Geral do Município, contra liminar que mantinha suspensa a exigência do comprovante.

No recurso, a PGM argumentou que o projeto está amparado nas evidências sobre a eficácia das vacinas e na avaliação dos espaços de potencial transmissão do vírus. Portanto, manter a decisão seria uma ameaça à saúde pública.

Segundo prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, do PSD:

“O passaporte vacinal tem esse objetivo. Nós queremos que o Rio de Janeiro seja seguro para aqueles que aqui vivem e para aqueles que querem nos visitar”.

O município de Niterói, vizinho ao Rio, também passou a exigir o comprovante de vacinação para entrar em locais fechados a partir desta sexta-feira (1º). Também ampliou a flexibilização: bares e restaurantes podem funcionar até as 2h e boates já podem abrir com metade da capacidade.

Para especialistas ainda é cedo para abertura de lugares onde as pessoas acabam aglomerando sem máscaras. Segundo a presidente da Sociedade de Infectologia do Estado Rio de Janeiro, Tânia Vergara:

“Não é a mesma coisa você poder ir à praia, estar na faixa de areia sem máscara, ou você ir a um lugar fechado, uma casa de show, uma boate ou mesmo uma festa na sua própria casa, num ambiente fechado. Mesmo que esteja com 50{6f48c0d7d5f1babd031e994b4ce143dfcbd9a3bc2a21b0a64df4e7af5a5150a1} de lotação, a ventilação nao é a mesma. As pessoas estarão sem máscaras. Provavelmente estarão dançando, cantando, falando alto, o que também aumenta o risco. Então, o risco nao é igual”

Resumindo: Como sempre, desde o início da pandemia, e como de praxe do viés estatista, políticos e especialistas que acreditam que qualquer procedimento pode passar por cima dos direitos dos indivíduos de como lidar com sua vida, mais especificamente em relação a saúde, como no caso do covid-19.

Como nós libertários sempre enfatizamos em artigos como esse e esse, muitos especialistas da área da saúde hoje, apesar do domínio em sua área de formação e das suas boas intenções em ajudar a sociedade com os seus conhecimentos, falham em considerar os direitos do indivíduo sobre decidir como guiar sua vida, e isso inclui sua saúde. Também ignoram as implicações econômicas, morais e sociológicas dessas mesmas medidas.

Esse é o grande problema de descartar o aspecto humano e enxergar o outro como um mero organismo a ser mantido saudável. E no caso dos políticos, como sempre, o mais do mesmo: eles sempre encontrando meios de impor seu poder, proibir qualquer solução alternativa que possa surgir para problemas enfrentados na sociedade, e vender apenas sua “solução” – de forma imposta.

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