Passaram-se 8 anos e 10 meses do incêndio da boate Kiss para que os 4 acusados da morte das 242 pessoas fossem levados à julgamento. Durante o decorrer desse tempo, diversos são os fatores que levaram a essa demora no julgamento.

Grande parte desses quase 9 anos foi utiizada para resolver a controvérsia sobre se os réus iriam responder perante júri popular ou por um juiz de primeira instância. No primeiro responderiam por acusação de homicídio por dolo eventual e na segunda por homicídio culposo, sem intenção de matar.

Aproximadamente 6 anos depois, em junho de 2019, houve a decisão do STJ que o julgamento seri feito pelo juri popular e não por julgamento comum como havia entendido anteriormente o Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJ-RS). O início da pandemia em 2020 foi um causador do atraso do julgamento.

Outro fator citado pelos familiares das vítimas da tragédia na Boate Kiss usado para justificar o atraso no julgamento foram “manobras” que as defesas fizeram para provocar nulidades ou a prescrição do caso.

Além disso, os familiares queriam adicionar à investigação os bombeiros que atestaram irregularmente a segurança da boate e servidores da prefeitura que liberaram seu funcionamento. Houve pressão para que o prefeito fosse acusados juntamente dos demais. Contudo não houve resposta para serem acusados e julgados.

Finalmente nesta sexta-feira (10), após dez dias de julgamento, foi proferida a sentença. Os quatro acusados foram considerados culpados pelo crime de homicídio e condenados a penas de prisão que variam de 18 a 22 anos.


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