Em reunião realizada nesta quarta-feira, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC), decidiu reduzir a taxa de juros básica de 11,25% para 10,75%. A decisão foi tomada em meio a alta do dólar e alta dos juros nos Estados Unidos. O corte será o sexto realizado durante o governo Lula, quando a autoridade monetária interrompeu o ciclo de aperto monetário a partir de agosto.
O Copom já havia informado por meio de comunicados anteriores, que os diretores do BC e o presidente do órgão, Roberto Campos Neto, tinham previsão unânime de cortes de 0,5 ponto percentual nos próximos encontros. Ainda assim, existe a expectativa se a Selic vai ser reduzida apenas até a reunião de maio ou se os cortes continuarão até o segundo semestre.
De toda forma, a expectativa do mercado financeiro é que a Selic encerre o ano em 9% ao ano.
Motivo da decisão
Segundo o Copom, motivo para tal corte de juros seria a expectativa positiva devido a diminuição da desaceleração da economia. O Banco Central também reforçou a importância de o governo continuar a perseguir as metas de melhoria das contas públicas para impedir um eventual repique da inflação.
Segundo o Copom, parte da incerteza observada nos mercados está em torno da capacidade do governo de executar as medidas de receita e despesas compatíveis com o arcabouço fiscal. No mercado internacional, a perspectiva de alta de juros nos Estados Unidos e a guerra entre Israel e o grupo palestino Hamas dificultam a tarefa do BC de baixar os juros em 0,5 ponto por muito tempo.
De acordo com o último boletim Focus, a estimativa de inflação para 2024 subiu levemente, de 3,77% para 3,79%. Tal resultado está dentro do intervalo da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), de 3% para este ano, podendo chegar a 4,5% por causa do intervalo de tolerância de 1,5 ponto. No entanto tal meta havia sido ajustada este ano, quando a equipe econômica percebeu que dificilmente cumpriria a meta de 3%.
Mais um boom artificial vindo aí
Como mostrado em um artigo anterior, o boom artificial da economia sob Lula já mostrou seu desgaste após um período de baixo crescimento. Mesmo os gastos públicos, aumento de salários nominais na canetada e queda artificial do juros incentivando o consumo, não foram o suficiente para manter isso por muito tempo.
A expectativa para o governo, é que a próxima queda no juros dê um pouco maia de gás e prolongue por mais tempo este falso crescimento econômico. Mas isso não durará muito. Os impactos do boom artificial irão se revelar com ainda mais força na próxima alta inflacionária e na desaceleração da economia e quebra de vários setores.
A equipe econômica, é claro, irá mudar a meta da inflação quantas vezes achar necessário para continuar mentindo para os incautos que está “tudo sob controle”. Mas você que leu este artigo está ciente de que a alta inflacionária será inevitável e que será pior ainda, caso o governo Lula insista em tais políticas econômicas destrutivas.
Coisa que infelizmente ele continuará a fazer.