Nesta quarta-feira (28), o presidente Lula afirmou que pretende retomar a política de preços mínimos para produtos agrícolas e que, em situações de queda de preços por supersafras, por exemplo, o governo deve comprar o excedente de alimentos. O próprio presidente inclusive admitiu que tal política leva a preços artificialmente altos e que tais políticas levam a uma superprodução durante as safras.
No entanto, como bom político ele apela ao populismo barato e compra apoio dos produtores agrícolas por meio dos subsídios usando o discurso batido de “proteger a economia nacional”.
Segundo ele:
“Muitas vezes, a gente vai incentivar vocês a plantarem determinadas coisas. Mas, se houver excesso de produção, a gente tem que bancar”.
afirmou o petista
E continuou:
“Vocês vão plantar e nós vamos garantir preço mínimo para que ninguém tenha prejuízo na sua safra. A gente não pode incentivar vocês a plantarem. Aí, vocês plantam, o preço cai e vocês não conseguem sequer pagar o que gastaram pra plantar. A gente vai tratar com muita seriedade e com muito respeito.”
As falas do presidente foram emitidas durante o lançamento do Plano Safra da Agricultura Familiar, no Palácio do Planalto. Lula também mencionou o trabalho da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
“Espero que agora a Conab, na mão da pequena e média agricultura, possa cuidar do estoque regulador de verdade. Para que a gente possa fazer com que não falte mais alimento nesse país e que o preço não aumente de forma exorbitante”.
As distorções de mercado causadas por tal política
Mesmo Lula não nega as distorções dos preços dos produtos agrícolas que a política que ele defende causa. Se Lula realmente se preocupasse com os consumidores, ele permitiria que os preços dos produtos agrícolas baixassem para os menores valores do mercado. O que beneficiaria enormemente os consumidores, principalmente os mais pobres.
No entanto, apesar de ter vendido a imagem de “defensor dos pobres” durante sua carreira política, Lula está preocupado apenas com o poder e os privilégios que dele vem. Assim como todo político. E como Lula consegue se manter na política com as esmolas que distribui aos mais pobres (que estariam muito melhor em uma economia livre) ele não precisa se preocupar com o que realmente irá beneficiá-los.
Essa mesma política de manter os preços acima de onde poderiam chegar no mercado, mantém os lucros dos produtores às custas dos consumidores. De outro modo, os produtores que não conseguissem se manter no mercado pelos rendimentos baixos teriam que deixar espaço para os mais produtivos, permitindo que estes últimos atendessem melhor os consumidores.
Com os subsídios de Lula eles não precisam se preocupar, enquanto Lula por outro lado pode contar com o voto e apoio político destes.
Também importante falar sobre os subsídios que o estado brasileiro confere aos produtores, os acostumando a depender do estado em casos de supersafra comprando deles excedentes para revender a preços mais baixos em períodos de escassez. Por mais que o estado venda tal ideia como um mecanismo para garantir disponibilidade de alimentos em períodos de escassez, ele é apenas um remendo em cima das distorções causadas pelo próprio estado.
Se o estado não subsidiasse produtores e não restringisse a importação de produtos agrícolas, os consumidores seriam beneficiados pelos preços mais baixos destes produtos, tanto nas supersafras quanto nas safras ruins. Fora que teriam dinheiro sobrando para comprar outros itens essenciais.
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