Nesta sexta-feira, o Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra (MST) realizou uma manifestação onde pediu que empresas e escolas paralizassem suas atividades para pedir um cessar-fogo entre Israel e o Hamas. O grupo agiu em apoio ao ato global “Shut it down for Palestine” e lançou a versão brasileira do protesto: “Para tudo pela Palestina”.

“Faça paralisações no trabalho e/ou escola, faça piquetes em embaixadas e consulados israelenses, faça piquetes contra empresas que lucram com a ocupação de Israel na Palestina, organize atos de repúdio, use keffiyehs [lenço tradicional] e braçadeiras pretas”

diz o convite para a manifestação divulgado nas redes sociais do MST.

No site oficial do movimento Shut it down 4 Palestine, é informado que iniciativas que já foram realizadas para pressionar Israel. “Manifestantes já fecharam estradas, estações ferroviárias e pontes nos Estados Unidos; ativistas têm como alvo fabricantes de armas israelenses; os sindicatos dos trabalhadores portuários belgas se recusaram a fazer o transporte de armas para Israel; a Bolívia cortou relações diplomáticas com Israel, enquanto a Jordânia, o Chile e a Colômbia chamaram de volta os seus embaixadores israelenses”, diz o movimento “Shut it down for Palestine”.

A legitimidade dos atos pró-Palestina

Contanto que voluntariamente praticados, os atos citados pelo MST são legítimos, embora seja pouco provável que sejam aderidos em massa. Sem falar que ao criticar apenas o estado de Israel enquanto fazem vista grossa para os atos terroristas do Hamas, o MST demonstra que seus interesses estão muito além da preocupação com os civis palestinos. E isso é um ponto em comum em toda a esquerda radical , como já demonstrei aqui.

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