O ex-presidente Lula, nesta terça feira, emitiu um dos discursos mais desprezíveis já vistos, ao exigir que a classe média reduzisse seu padrão de consumo – baseado em noções distorcidas sobre economia – ao mesmo tempo que os demoniza. A atitude do petista se torna mais repudiavel pelo fato dele mesmo não dar o exemplo, se desfazendo do seu patrimônio de mais de 78 milhões, mais do que o “necessário”.

Segundo Lula, classe média ostenta um padrão acima do “necessário”

Durante um discurso realizado nesta terça-feira, o ex-presidente Lula afirmou que a classe média ostenta um padrão de vida “acima do necessário”.

segundo ele:

Nós temos uma classe média que ostenta um padrão de que não tem na Europa, que não tem muitos lugares. As pessoas são mais humildes. Aqui na América Latina chamada classe média ostenta muito um padrão de vida acima do necessário. É uma pena que a gente não nasce e a gente não tem uma aula. O que é necessário para sobreviver. Tem um elemento tem um limite que pode me contentar como ser humano. Eu quero uma casa, eu quero casar, eu quero ter um carro, eu quero ter uma televisão, não precisa ter uma de cada. Uma televisão já está boa

O petista ainda disse que:

na medida que você não impõe limite, você faz com que pessoas comprem um barco de quatrocentos milhões de dólares e comprem um outro para para pousar o seu helicóptero

A fala do ex-presidente foi proferida durante um evento patrocinado pela Fundação Perseu Álamo, ligada ao PT.

Lula hipocritamente não segue o próprio conselho

Apesar de criticar a classe média brasileira por “ostentar acima do necessário”, Lula, além de ganhar um salário alto – devido supostamente à palestras que ele faz – mantém um padrão de vida muito acima da maior parte da população brasileira, inclusive da própria classe média que ele critica.

De acordo com uma reportagem do site InfoMoney, Lula possui um patrimônio líquido de R$ 7,988 milhões, sendo que 78,9% ou R$ 6,3 milhões, está em um fundo de previdência privada VGBL (Vida Garantidor de Benefício Livre) e 13,4% em imóveis, incluindo um apartamento de R$ 530.000.

Pelo visto a exigência de Lula não se aplica à pessoas como ele, que vivem do dinheiro roubado dos outros via impostos. Serve apenas para as pessoas que conquistaram seu patrimônio com trabalho honesto.

Existe um máximo de riqueza necessária para se viver?

Ao afirmar que a classe média brasileira ostenta um padrão de vida acima do “necessário”, Lula está sugerindo que existe um limite de satisfação que TODO ser humano sem exceção deveria seguir. Ele deixa isso muito claro quando diz que é uma pena que a gente não nasce e a gente não tem uma aula. O que é necessário para sobreviver. Mas realmente faz sentido essa afirmação?

Atentando para o fato de cada pessoa tem suas preferências e necessidades particulares, e que cada pessoa está legitimada a se apropriar de qualquer recurso por meios legítimos (trabalho, trocas, etc), não faz sentido falar em um “limite máximo” de quanto de riqueza cada um deveria manter consigo. Muitos podem apelar para a subsistência como o limite, mas isso seria limitar o ser humano a um animal dominado pelos instintos que se resume em se alimentar e procriar.

O ser humano vai muito além disso, e é capaz de perseguir outros objetivos além da sobrevivência, como lazer, conforto e realização pessoal.

Qualquer tentativa de limitar o quanto de riqueza cada ser humano deveria ter seria uma forma tirânica e anti humana.

Lula obviamente não sugere a limitação da satisfação humana ao nível de subsistência – tanto que ele também comenta sobre outros bens de consumo além da alimentação – mas ao sugerir um limite, ele põe como árbitro do nível de satisfação alheio, algo que só cabe ao indivíduo.

A velha narrativa esquerdista de demonizar a classe média e culpa-la pela miséria

A fala de Lula tem muito mais a ver com a velha retórica esquerdista de apontar as classes mais altas – inclusive a classe média – como principal causa da pobreza e miséria das classes menos favorecidas. É como se para a classe média adquirir riquezas, elas necessariamente tenham que ter sido expropriadas – ou desviadas – dos mais pobres.

Por mais falacioso e equivocado que seja esse raciocínio, ele infelizmente acaba convencendo vários incautos, e por isso que políticos de esquerda lançam mão dele.

Em lugares onde a economia está estagnada, e a possibilidade de melhoria ou mobilização social não está presente, para muitos faz sentido pressupor que a situação estaria menos pior se os mais ricos abrissem mão de suas riquezas para que ficassem disponíveis para os mais pobres.

De forma equivocada, muitos pensam que a pobreza de alguns se deve ao consumo “excessivo” de outros, que reduz a oferta de bens ao mesmo tempo que os encarece, tornando-os menos acessíveis aos mais pobres.

O grande problema deste raciocínio é que ao invés de pensar em uma solução justa e efetiva para o problema, ele aposta em uma “solução” conveniente porém injusta, ao mesmo tempo que leva a um aumento do problema a longo prazo.

A expropriação de alguns – além de injusta – não ataca a raiz do problema: o que mantém essas pessoas na condição de pobreza?

A economia de mercado como a verdadeira solução para a pobreza

Para aqueles familiarizados com a Escola Austríaca de Economia, a resposta para isso é simples e clara: liberdade econômica.

Ao contrário do que demagogos de esquerda afirmam, a economia de mercado é o que permite o maior enriquecimento possível na sociedade, já que permite que indivíduos possam participar de atividades onde poderão prestar serviços e ganhar por isso. Onde a concentração de cada um em produzir riqueza na sociedade permita uma maior oferta de bens e serviços pelo menor preço para todos. Qua do não há barreiras, indivíduos não são impedidos de produzirem e trocar bens e serviços entre si, se enriquecendo mutuamente. Óbvio, cada um dentro da proporção de satisfação que é capaz de gerar para os outros.

As intervenções estatais – incluindo regulações, tributação e impostos – atrapalham esse processo.

Isso leva a um relativo empobrecimento da sociedade, com as migalhas do dinheiro roubado via impostos sendo usadas para enganar os mais pobres fazendo-os acharem que sem o estado estariam na miséria.

A “solução” de Lula e do PT não gera riqueza. Apenas pune pessoas produtivas expropriando os frutos do seu trabalho para aliviar a pobreza de outros sem trazer uma solução efetiva para sua condição, enquanto os transforma em curtos eleitoral.

Para Lula e o PT, a “solução” de expropriar uns para dar aos outros é conveniente, pois além de serem incapazes de resolverem o problema da pobreza na sociedade, sendo parasitas, eles não tem comprometimento com o bem estar geral.

Como parasitas que são, possuem compromisso apenas com o seu próprio interesse, onde distribuem migalhas aos pobres iludidos achando que sem o PT continuarão na miséria, enquanto este último junto com os demais políticos, é uma das principais causas da pobreza no país.

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