O Bitcoin acabou de fazer 14 anos neste dia 3 de janeiro. A data conhecida como Bitcoin Genesis Day registra o primeiro bloco de BTC minerado por Satoshi em 2009, fato que abriu caminho para a criptomoeda como a conhecemos hoje.
O primeiro bloco da rede hospeda uma única transação – tendo uma recompensa 50 BTC – enviada ao(s) criador(es) pseudônimo(s) para minerá-lo. As recompensas de mineração do BTC ainda não foram tocadas.
Porém, muita coisa mudou desde a criação do revolucionário sistema monetário de Satoshi e sua moeda intrínseca.
“Chanceler à beira do segundo socorro aos bancos”
O bloco Genesis reflete essencialmente a rejeição de Satoshi às infra-estruturas centralizadas do sistema fiat atual. O desenvolvedor acreditava em pilares descentralizados que eram criptografados em um sistema digital verificável matematicamente.
Claramente, o velho sistema estava falhando, abalando a fé das pessoas nos bancos. A construção de um novo sistema monetário sem todos os controles e perigos do sistema tradicional coincidiu com o desmoronamento da economia global, o que foi um marco importante.
Satoshi não parou por aí. Antes de desaparecer misteriosamente, ele codificou secretamente no bloco de gênesis um “Easter Egg.”
“The Times 03/Jan/2009 Chancellor à beira do segundo salvamento de bancos”.
O texto acima é uma manchete para um artigo na edição do The [London] Times sobre o fracasso do governo britânico em estimular a economia após a crise financeira de 2007-08. A mensagem foi clara. A criação do bloco Gênesis no mesmo dia da notícia de um resgate iminente de um banco foi certamente simbólica.
O Bitcoin foi projetado para servir exatamente o propósito que as instituições financeiras, que são consideradas grandes demais para quebrar, não conseguiram fazer. Ao contrário dos bancos tradicionais, o Bitcoin não pode ser socorrido. Não há intermediários, nem terceiros, nem qualquer tipo de entidade corporativa para se intrometer entre o ativo e o consumidor.
Popularidade Consistente do Bitcoin
Não importa quantos pessimistas e meios de comunicação de massa declarem a morte do Bitcoin, nada pode realmente parar a Blockchain. O criptoativo passou por quatro grandes ciclos de alta/baixa desde o seu início.
Mais de uma década depois, o Bitcoin continua sendo a opção de criptomoeda mais popular, apesar da criação de milhares.
Dados da Nasdaq e Ycharts, compartilhados no Reddit esta semana, revelaram que não há como destronar a “moeda real” – o BTC – em breve. Mesmo com o Ethereum registrando mais de quatro vezes o número de transações em relação ao Bitcoin – 408,5 milhões contra 93,1 milhões, respectivamente -, o Bitcoin ainda continua sendo a criptomoeda mais procurada, além de demonstrar um volume de transações mais constante em sua rede do que seu rival.
Artigo escrito por Chayanika Deka, publicado em Crypto Potato e traduzido e adaptado por