Na manhã desta quarta-feira, a Polícia Federal cumpriu um mandado de busca e apreensão contra Ciro Gomes (PDT), ex-governador do Ceará e pré-candidato à Presidência, em uma investigação sobre supostas irregularidades nas obras de ampliação da Arena Castelão, principal estádio do Ceará, para a Copa do Mundo de 2014.

O irmão de Ciro, Cid Gomes (PDT), ex-governador do Ceará e atual senador, também foi alvo da operação. De acordo com a PF, as fraudes ocorreram entre 2010 e 2013, anos em que Cid governou o Ceará.

A Justiça quebrou os sigilos bancário e fiscal de Ciro e Cid entre 2009 a 2014, bem como o sigilo telefônico de ambos.

Em uma rede social, Ciro Gomes afirmou que a ordem foi “abusiva”, e alegou não ter relação com o caso. Ciro acusou que o presidente Jair Bolsonaro (PL) “transformou o Brasil num Estado Policial que se oculta sob falsa capa de legalidade.”

Polícia Federal investiga o envolvimento de Ciro Gomes e seu irmão Cid Gomes com as propinas

Segundo a Polícia Federal, há indícios de que foram R$ 11 milhões em pagamentos de propinas feitos diretamente em dinheiro ou disfarçados de doações eleitorais, com emissões de notas fiscais fraudulentas por empresas fantasmas.

De acordo com a PF, as propinas teriam sido pagas a Galvão Engenharia para que vencesse a licitação das obras da Arena Castelão e também, durante a execução do contrato, para que pudesse receber os valores devidos pelo governo do Ceará.

A PF informa que houve pagamentos frequentes de propinas, em grande parte disfarçadas de doações eleitorais para os Ciro, Cid e Lúcio Ferreira Gomes visando viabilizar os pagamentos à Galvão. Ainda segundo a PF, os advogados Fernando Antônio Oliveira e José Leite Jucá, que ocuparam o cargo procurador-geral do Estado e de presidente da comissão de licitações na época, receberam propina para garantir a vitória da Galvão na disputa.

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