O presidente Lula, que durante sua campanha em 2022 havia prometido que o pobre voltaria a comer picanha, decidiu pela taxação das carnes nobres, entre as quais a picanha também estaria inclusa. A justificativa do petista é a de que tal tipo de carne é consumido somente pelos ricos.
Abaixo, o vídeo onde Lula afirmou que o pobre “voltaria a comer picanha:
A posição do presidente foi apresentada durante uma entrevista ao UOL, onde foi abordada a discussão sobre a diferenciação que alguns produtos terão com a reforma tributária. A proposta de emenda à Constituição (PEC) que foi aprovada no ano passado estabelece a possibilidade de alguns produtos serem incluídos na cesta básica (e, portanto, totalmente isentos do CBS e IBS, impostos agregados que serão criados com a reforma). Outros itens terão 60% de redução.
O presidente Lula, que havia prometido durante sua campanha que o pobre voltaria a comer picanha, defendeu a taxação de carnes nobres, afirmando que tal tipo de carne é consumida somente pelos ricos, enquanto os pobres comem frango. Ao menos este último, o petista afirmou que não irá taxar:
“Nós estamos discutindo várias coisas. Vamos discutir na reforma tributária quais itens a gente quer que não pague imposto e quais a gente quer. Os empresários querem que a gente isente toda a carne. Acho que a gente tem que mediar. Tem carne consumida por gente de padrão alto e a carne que o povo consome. Pode fazer a separação. Não vamos taxar frango, é o que o povo come todo dia”
A decisão contradiz a promessa do presidente durante sua campanha presidencial em 2022, bem como suas críticas ao preço da picanha, que ele mesmo afirmou que tinha que baixar mais. No entanto, ao taxar ainda mais as carnes nobres, inclusive a picanha, o presidente Lula não está ajudando a facilitar isso.