Desesperado com a crescente queda em sua popularidade, o governo Lula irá gastar R$ 197,7 milhões em serviços de IA para medir a popularidade do governo nas redes sociais. Além disso, há a possibilidade do governo também utilizar ferramentas para detectar o que ele considera como “fake news” e discursos “antidemocráticos”.

Medindo a popularidade

Por meio da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom/PR), o governo Lula anunciou nesta quarta-feira, 24 de abril, as quatro agências de publicidade vencedoras da licitação de R$ 197,7 milhões para atender ao Sistema de Comunicação de Governo do Poder Executivo Federal.

As empresas vendedoras foram BR + Comunicação (consórcio BR&TAL), Usina Digital, ⁠IComunicação Integrada e ⁠Clara Serviços. Ambas concorreram com outras 24 empresas pela licitação.

A licitação é a maior da história da Secom, e a contratação teve como critério a melhor proposta técnica e não necessariamente o menor preço. Entre as propostas apresentadas, deveriam haver aquelas destinadas a “combater fake news” (isso, claro, quando convém ao governo).

Entre os serviço solicitados pelo governo está o uso de IA na captura e análise de emoções e sentimentos dos brasileiros em relação ao governo. Tal serviço representaria uma fatia de 36% do valor total da contratação.

Mais do que medir aprovação?

Interessante notar que uma das exigências da SECOM para as empresas serem eleitas para a licitação era a apresentação de propostas de combate a “fake news”. E uma vez que somente 36% da verba será destinada ao monitoramento de popularidade do governo Lula nas redes sociais, é bastante provável que o monitoramento de “fake news” por parte dos internautas também entre na mira do governo.

E como sabemos bem, o governo é quem decide quais fake news combater. E disso para reprimir discurso considerado por ele como “antidemocrático” é um pulo.

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