De acordo o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) divulgado pelo Banco Central (BC), o índice de inflação do ano passado chegou a 10,06%, muito acima da meta prevista, que era de 3,75%.
Após a divulgação do IPCA, o BC enviou uma carta ao Conselho Monetário Nacional (CMN), onde afirma que a pressão sobre o preço das commodities, a bandeira de energia elétrica de escassez hídrica e os gargalos nas cadeias produtivas globais foram os principais responsáveis pela inflação ter encerrado o ano passado em dois dígitos.
Na carta enviada à CMN, é dito que:
As pressões sobre os preços de commodities e nas cadeias produtivas globais refletem as mudanças no padrão de consumo causadas pela pandemia, com parcela proporcionalmente maior da demanda direcionada para bens e impulsionada por políticas expansionistas.
De fato, a aceleração significativa da inflação em 2021 para níveis superiores às metas foi um fenômeno global, atingindo a maioria dos países avançados e emergentes
O que realmente causou a inflação
Apesar do BC apontar alta do preço das commodities como principal responsável pela alta da inflação junto à crise energética, o fato é que a expansão da oferta monetária – muito bem apontada e assumida pelo BC – foi o fator determinante.
Uma vez que essa expansão monetária estimulou um maior consumo de bens, reduzindo a oferta destes sem um aumento da produção de mais bens que acompanhassem a demanda dos consumidores, houve então uma redução no poder de compra destes últimos que se refletiu no aumento dos preços.
Outro ponto muito importante apontado pelo Banco Central é como as medidas restritivas tá combater a covid-19 geraram efeitos econômicos negativos, o que junto com a inflação tornou a vida de milhares de brasileiros mais difícil, principalmente a população mais pobre do país.