Muitos multimilionários e bilionários – os chamados “super ricos” – fazem cada vez mais uso (com razão) de meios de pagar menos impostos. Ou até mesmo de não pagá-los. No entanto, na contramão destes, há um crescente e curioso nùmero de bilionários e multimilionários que pedem que taxem mais ainda suas fortunas. Dentre eles, está o empresário brasileiro João Paulo Pacífico.

Enquanto Milei discursava contra o avanço do socialismo durante a conferência anual do Fórum Econômico Mundial em Davos, Pacífico e outros super ricos defendiam que eles fossem mais taxados ainda. Algo que alimentaria ainda mais as políticas socialistas contra as quais Milei discursou.

Orgulho em pagar mais

Pacífico faz parte do movimento Proud to pay more (Orgulho em pagar mais), junto a outros super ricos que pedem que sejam mais taxados para “combater a desigualdade”. Pacífico afirma que todo mundo deveria ter “diteito” a uma renda mínima universal e que não é justo que que muitas pessoas tenham ficado mais pobres durante a pandemia enquanto os 5 mais ricos duplicaram suas receitas.

Em uma carta assinada junto a outros super ricos, pacífico afirmou que não haveria problema em taxar a eles e outros super ricos, já que para eles não haveria grande impacto econômico, enquanto isso beneficiaria os mais pobres:

“Nosso pedido é simples: pedimos que nos taxem, os mais ricos da sociedade. Isto não irá alterar profundamente a nossa condição de vida, privar os nossos filhos ou prejudicar o crescimento econômico dos nossos países. Mas transformará a riqueza privada extrema e improdutiva em um investimento para o nosso futuro democrático comum”

Quem é João Paulo Pacífico?

Pacífico é fundador e líder do grupo Gaia, que engloba diversas empresas. Dentre elas, o GaiaSec, uma securitizadora imobiliária, além da GaiaServ, empresa que faz gestão de créditos, e muitas outras, como a Gaia Esportes, Gaia Agro e Gaia Cred.

O grupo também possui uma ONG chamada Gaia+, focada no desenvolvimento de habilidades socioemocionais de crianças. A iniciativa é voltada para crianças em situação de vulnerabilidade por meio da assistência social, dos esportes e da cultura.

O grupo Gaia acabou sendo dividido em empresas de investimentos de impacto (Gaia Impacto), e a outra de investimentos tradicionais (Planeta). Pacífico acabou ficando apenas com o braço de impacto social do grupo, após ter vendido a parte tradicional em março de 2022. Os recursos da venda e as ações da Gaia foram doados para a ONG de investimentos de impacto.

A Gaia investe em projetos sociais de agricultura sustentável, moradia, geração de renda, energias renováveis e educação. O grupo subsidia iniciativas de cunho político esquerdista, como as cooperativas do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST) (famoso pelo seu modus operandi um tanto polêmico). Ela não apenas subsidia tais grupos, como os viabilozou economicamente os levando ao mercado financeiro por meio de um Certificado de Recebíveis do Agronegócio (CRA ) emitido pelo grupo.

Além de líder do Gaia Investe, Pacífico, também integra o movimento socioambiental e é membro do Conselho Fiscal do Greenpeace Brasil. Ele também já foi colunista da revista Veja e apresentador de programa da Rádio Globo. Pacífico é casado e pai de duas filhas. Em entrevista ao site Ecoa afirmou que terão tudo o que precisarem, mas não herdarão a empresa.

Os super ricos deveriam ser taxados?

Podemos até mesmo considerar nobre a atitude de Pacífico e de outros super ricos que queiram abrir mão de parte de sua fortuna para ajudar os menos favorecidos. No entanto, não há nada de nobre em pedir que outras pessoas sejam taxadas contra sua própria vontade. Ou melhor dizendo, roubadas.

Também é importante entender que por mais que seja importante que as pessoas possam dispor de meios para seu sustento, não existe algo como um “direito à renda mínima universal”. Ninguém tem o direito de ser sustentado pelo dinheiro roubado de outras pessoas. O que elas possuem é o direito de utilizar seus meios apropriados de forma legítima (apropriação original, comércio, doação) para garantir sua sobrevivência e bem estar.

Pacífico também cita o fato dos mais pobres terem ficado mais pobres durante a pandemia e os ricos mais ricos. No entanto, a própria esquerda política defendeu o “Fique Em Casa” durante esse período, junto a medidas estatais que inviabilizaram as atividades necessárias à sua subsistência. Então reclamar das consequências das medidas que ela mesma defendeu é no mínimo hipócrita.

No entanto, ainda é importante se questionar se esse pagamento voluntário de impostos por parte de alguns super ricos é legítimo. É inégavel que é um ato nobre do Pacífico e de outros bilionários, fazer doações generosas aos mais pobres. No entanto, a situação é totalmente diferente de doações feitas ao estado.

Afinal, o estado é por sua própria natureza uma instituição criminosa, e que utiliza dos seus recursos disponíveis para oprimir, expropriar e subjugar indivíduos pacíficos. Ao doar ao estado, Pacífico e outros bilionários estariam se tornando cúmplice de todos os crimes do estado contra indivíduos pacíficos.

Quais as verdadeiras motivações do Pacífico?

A ideia de um bilionário como o Pacífico pedir por mais impostos é uma coisa que pede deixar muita gente tentando imaginar quais seriam suas reais motivações por trás de tal atitude. Como já dito, uma coisa é doar para a caridade. Outra totalmente diferente é doar para uma instituição criminosa como o estado.

É possível imaginar várias razões: estratégia para diminuir a riqueza de seus concorrentes menos ricos; uma forma de antecipar uma tributação menor ante a eminência de uma taxação maior; um jeito de apaziguar massas descontentes aliciadas pelos movimentos de esquerda.

Enfim, é possível imaginar vários possíveis motivos. Mas se tratando de estado, duvido que a motivação seja a caridade apenas. Óbvio, podemos imaginar que Pacífico seja um homem bem intencionado e ingênuo em relação à natureza criminosa do estado. No entanto, dado o fato de que ele não apenas possui relações, como subsidia o MST, um movimento conhecido pelo seu modus operandi criminoso, a ideia dele ser apenas um bilionário generoso, porém equivocado, se torna menos plausível.

De toda forma, bilionários como Pacífico são lacraios da agenda globalista, e até mais perigosos, já que possuem mais alcance e influência sobre o topo da sociedade.

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