O Talibã, atual controlador do governo do Afeganistão, ordenou o fechamento de salões de beleza no país. O Ministério para a Prevenção do Vício e Propagação da Virtude disse estar transmitindo uma ordem do líder supremo, Hibatullah Akhundzada. As empresas, que já funcionavam com suas vitrines cobertas, têm um mês para cumprir a ordem.
Essa é a mais recente das restrições relativas à liberdade feminina no país desde que o Talibã retornou ao poder, com a saída dos Estados Unidos do território após duas décadas de guerra. Meninas e mulheres estão sendo proibidas de frequentar academias, parques, escolas e universidades. As mulheres devem se vestir de forma a revelar apenas os olhos e precisam ser acompanhadas por um parente do sexo masculino caso estiverem viajando mais de 72 km. O governo se defende de acusações internacionais dizendo que respeita os direitos das mulheres de acordo com sua interpretação da lei islâmica e dos costumes do país.
Com a mais recente medida, pela vontade dos controladores, indivíduos e famílias que obtinham seu sustento deverão, pela força da lei, perdê-lo. Em um país devastado pela guerra, no qual muitas mulheres se tornaram a fonte de renda de suas famílias, essa decisão torna-se ainda mais cruel.
