O dólar teve seu quarto dia de alta nesta quarta-feira (12), fechando em R$ 5,40. O mercado financeiro atribui tal alta do dólar à repercussão das falas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que deu sinais de que queria aumentar os gastos do governo e fazer corte de juros usando “questões sociais” como justificativa.

A decisão do Federal Reserve (Fed) sobre o corte de juros também foi apontada como um dos motivos da alta do dólar.

Fala de Lula assusta o mercado

A fala de Lula que assustou o mercado financeiro foi emitida durante um evento realizado hoje, no Rio de Janeiro. Na ocasião, Lula disse que não consegue discutir economia sem “colocar a questão social na ordem do dia” e que o “mercado (financeiro) não é uma entidade abstrata, apartada da política e da sociedade”.

O mercado financeiro entendeu muito bem o que Lula quis dizer: maiores gastos para manter seu populismo, já que a popularidade do governo do petista vem derretendo. E investidores sabem que estes gastos inviabilizam vários investimentos potenciais.

Ibovespa derretendo

A fala de Lula deixou investidores brasileiros apreensivos, levando até mesmo o Ibovespa, principal índice acionário da bolsa de valores brasileira, a B3, a uma forte queda. Outro motivo seria a repercussão de ruídos envolvendo o ministro da Fazenda e receios com o cenário fiscal do país.

Segundo dados preliminares, o índice de referência do mercado acionário brasileiro caiu 1,4%, a 119.928,41 pontos, chegando a 119.544,21 pontos no pior momento do dia e avançando a 122.482,51 pontos na máxima.

Decisão do Fed sobre manter a taxa de juros

Outro fator que levou à subida do dólar foi a decisão do Federal Reserve (Fed) em manter a taxa de juros entre 5,25% a 5,5% ao ano. Essa é a maior taxa de juros do mercado nos EUA, desde o ano de 2001.

Segundo os responsáveis pela política monetária dos EUA, a previsão para corte da taxa de juros no país será de apenas uma vez até o final de 2024. A estimativa é que haja um corte de 0,25 p.p (pontos percentuais) este ano.


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