No final da tarde desta quarta-feira(26), onde os mercados, tanto acionários, quanto de criptomoedas vinham marcando um dia de alta para os ativos, o Federal Reserve (Fed) através do FOMC, que é o comitê de política monetária do Banco Central americano, anunciou que eles irão retirar de vez os estímulos do mercado, e em seguida, elevar a taxa básica de juros mais de uma vez durante este ano.

Obviamente, esse anúncio acabou revertendo o sentimento de muitos investidores quanto aos ativos de risco, como ações e criptomoedas, fazendo com que os mercados logo após o pronunciamento revertessem suas altas diárias, demonstrando um menor apetite para riscos. E muito desse movimento, se dá pelo fato de os Títulos do tesouro americano, considerados “ativos livres de risco” oferecerem um prêmio maior por conta do aumento dos juros, fazendo com que haja essa migração para eles, em detrimento de outros ativos.

O fato curioso nessa história, é a demora por parte do Fed para começar essa retirada de liquidez do mercado, uma vez que os EUA passam pelo maior período inflacionário desde a década de 80. Eles mantinham o posicionamento de que manteriam essa postura expansionista até atingirem o “pleno emprego”, algo que está sendo alcançado, mesmo com as decorrências da nova variante Ômicron (principalmente aos auxílios pagos para que pessoas ficassem em casa, o que incentivou muitos a não procurarem emprego, deixando vagas sobrando ).

Logo chegaram à conclusão de que não seria mais necessário essa política monetária altamente expansionista, adotada desde março de 2020, porém um pouco tarde demais talvez. Após as seguidas elevações nos juros, o banco se prepara para diminuir seu balanço, que está próximo de US$ 9 Trilhões, aumentando mais ainda a retirada de estímulos do mercado.

O desafio maior para a Autarquia será o de fazer essa remoção sem que tenha uma queda forte nos mercados mundo a fora, algo muito difícil, uma vez que eles representam a principal economia mundial, e são os guardiões da principal moeda de reserva dos países, o dólar. Quem deve sofrer com essa situação, são os mercados de países emergentes, como o Brasil, e outros ativos de risco.

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