O presidente Lula (PT) continua usando a “ajuda” estatal aos pobres como justificativa para manter os gastos do governo. Em uma declaração feita durante um evento de inauguração de um viaduto em Juiz de Fora (MG), o petista disse que o ajuste fiscal é “necessário”, mas afirmou que não fará cortes de gastos em áreas que possam retroceder agendas sociais, se referindo ao assistencialismo de seu governo.

O petista também afirmou que não tomará medidas que mexam em salário mínimo e benefícios – por exemplo, desobrigando a correção desses valores pela inflação do período. Como já explicado neste site, o salário mínimo apenas aumenta artificialmente os custos trabalhistas, dificultando a contratação dos trabalhadores menos qualificados.

Ainda sobre a inflação, o próprio Lula e seu governo são os responsáveis pelo aumento dela e de suas consequências. O aumento coercitivo do salário mínimo apenas servirá para maquiar os efeitos nocivos de suas políticas econômicas, além das consequências econômicas já citadas.

Enquanto isso, o setor produtivo e o mercado financeiro continuam pressionando o governo federal para realizar um corte de gastos para equilibrar as contas públicas, que estão com um déficit record.

Para aliviar os ânimos do mercado, Lula declarou, durante uma entrevista à rádio Itatiaia, em Belo Horizonte, que não aceita mexer no assistencialismo do governo, mas que está fazendo um pente-fino para avaliar quais estariam recebendo tais assistências indevidamente.

De todo modo, o assistencialismo permanecerá no governo de Lula, já que sua narrativa de “Pai dos Pobres” precisa se manter em pé, caso ele queira garantir sua reeleição.


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