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O deputado Kim Kataguiri (União-SP) propôs o Projeto de Lei Complementar (PLP) 11/23, que proíbe o Brasil de adotar uma moeda comum com outros países ou organismos internacionais. A proposta tramita na Câmara dos Deputados.

Contra-ataque a moeda única do Mercosul

O projeto do deputado Kataguiri foi criado em reação a ideia proposta pelos governos do Brasil e da Argentina, nas figuras de Lula e Juarez Fernandez respectivamente, que propõe uma moeda única para o Mercosul.

Após reações contrárias a moeda única, Lula e Juarez Fernandez voltaram um pouco atrás e propuseram que inicialmente seria uma moeda comercial usada entre os membros do Mercosul. Podendo se tornar uma moeda única dos países que compõem tal mercado futuramente.

Para Kataguiri, ao defender essa proposta o governo age de forma ideológica e sem embasamento técnico.

“É uma temeridade querer instituir uma nova moeda apenas por questões de afinidade ideológica, sem maior estudo a respeito de viabilidade técnica. É necessário que o Congresso Nacional aja a fim de evitar que o bem-estar econômico brasileiro seja colocado em risco apenas por conta de uma pauta radical do governo”

afirmou o deputado

Endosso ao Real Digital

Além de proibir a adesão de uma moeda única para o Brasil e outros países, o projeto proposto por Kataguiri permite ao Banco Central emitir moeda de circulação estritamente eletrônica ou moedas válidas em regiões determinadas do território nacional, com o fim de fomentar a economia local.

Apesar de Kataguiri acertar em se opor a ideia de uma moeda comum entre o Brasil e outros países, ele erra ao propor medidas que irão dar mais poder ao Banco Central em detrimento as liberdades dos indivíduos.

O verdadeiro problema

Por mais que Kim Kataguiri esteja correto em se opor a ideia de uma moeda única, ele erra ao não focar no âmago do problema. É verdade que uma moeda única a nível continental é pior que uma moeda única a nível nacional.

No entanto, o monopólio do estado sobre a emissão da moeda de curso forçado, inclusive a nível nacional (como é o caso do Real) também não deixa de ser um problema tanto ético quanto econômico.

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