O Azerbaijão interrompeu sua ação militar “antiterrorista” na região de Nagorno-Karabakh, depois que as forças separatistas concordaram com um cessar-fogo. Segundo o acordo, em vigor desde as 09h00 GMT de quarta-feira, as forças separatistas se dissolverão e se desarmarão. Espera-se que os combatentes separatistas deixem Karabakh em direção à Armênia e entreguem seus tanques e artilharia ainda hoje, sob a supervisão das forças de paz russas. As conversas sobre o futuro da região, sua reintegração ao território do Azerbaijão e o futuro dos armênios étnicos que lá vivem está marcadas para começar amanhã. Os termos do acordo sinalizam que a área voltará ao controle do Azerbaijão.
A mais recente vitória militar azerbaijana, cujas forças superam em muito a dos separatistas, causará novas tensões com a vizinha Armênia, onde já ocorrem protestos pedindo a renúncia do primeiro-ministro, Nikol Pashinyan, por sua inabilidade de proteger os armênios étnicos em Karabakh. As forças russas de mediação e controle da paz também estão sendo criticadas por não terrem impedido a ação militar de ontem.
Os separatistas de Artsakh foram forçados a concordar com os termos do acordo após o exército inimigo ter rompido suas linhas e tomado locais estratégicos. O Azerbaijão, por sua parte, disse que não podia mais tolerar essa ameaça à sua segurança e soberania territorial.
Como habitualmente ocorre para o estado, na garantia de seus interesses, o que conta não é a ética ou respeito à liberdade, mas a força de seu exército.